1.Cães
Assim como para seres humanos o estresse em cães pode ser algo fisiológico e evolutivo que está associado a sobrevivência, onde há liberação de adrenalina, que aumenta as frequências cardíaca e respiratória, deixando o corpo em estado de alerta. Juntas, essas reações têm o objetivo de estimular a fuga ou o ataque, o que é bom para quem se vê ameaçado por um predador. Mas o estresse também pode ser algo que faz mal à saúde e levar a problemas mais sérios, como o estresse crônico.
Diferente dos seres humanos que podem lidar melhor com os problemas de estresse através de terapia, comunicação e atividades, os cães não tem essa opção e isso pode ser prejudicial à saúde do animal já que além de reduzir o bem-estar do seu bichinho, ele também está associado à diminuição da imunidade e a outros problemas graves como taquicardia e aumento da pressão arterial.
Mas como descobrir se seu animal está estressado?
No caso dos cães alguns sintomas são recorrentes:
Latidos excessivos;
Hiperventilação;
Comportamento destrutivo;
Lambedura das patas;
Queda de pelos,
Falta de apetite.
Notados esses sintomas, o mais recomendável é levar o animal para um especialista que vai auxiliar na procura da fonte primária do estresse. É comum que o estresse em cães esteja associado com o tédio frequente, que evolui para quadros de ansiedade/estresse. Isso pode levar a comportamentos repetitivos e violentos.
Como evitar o estresse em cães?
Criar uma rotina para o seu amigo é essencial, e segui-la à risca evita que ele fique estressado. Brincadeira, passeios e criar um ambiente rico também são formas de deixar seu bicho mais feliz e distraído. Não se esqueça que cães podem criar dependência em seus donos e portanto não devem ficar muito tempo sozinhos.
Cuidar e levar a sério essas medidas vai evitar que seu amigo fique estressado e triste! :)
2. Gatos
Nossos queridos bichanos, como qualquer outro pet, precisam ser tratados de forma cuidadosa e cautelosa, uma vez que não possuem uma grande adaptação para novidades ou mudanças em sua rotina e necessitam de um ambiente adequado para que o seu bem-estar seja favorecido.
Desse modo, situações como inserção de um novo pet no espaço, troca de alimento, ectoparasitas presentes no corpo, mudança de móveis do lugar, barulhos excessivos e odores fortes podem ser algumas das causas para que o nível de estresse dos gatos seja aumentado.
Como consequência, podemos observar algumas alterações comportamentais e até
fisiológicas, como:
Modificação no apetite;
Vocalização excessiva;
Lambeduras em excesso (o que em muitos casos pode resultar em uma grande área com perda de pelos e estabelecimento de feridas);
Comportamentos repetitivos e compulsivos (como roer, mastigar e correr atrás do rabo);
Micção e defecação fora da caixinha de areia;
Constipação e diarreia;
Vômitos;
Problemas de pele e coceira;
Deficiência imunológica, a qual pode permitir a ocorrência de infecções;
Entre outros.
No entanto, algumas atitudes podem ser tomadas para que o estresse felino seja prevenido, Como:
Submissão de filhotes a contextos diferentes (como transporte, viagens e consultas ao veterinário), de modo a torná-los mais flexíveis a mudanças durante a vida adulta;
Aumento do enriquecimento ambiental, a partir do oferecimento de brinquedos e arranhadores que estimulam os instintos naturais dos gatos, além de oferecer lugares altos para que o animal possa se alojar e se deslocar;
Presença de rotas de fugas caso o gato compartilhe o mesmo ambiente com outro animal;
Consultas de rotina frequentes com um médico veterinário.
Portanto, caso suspeite que o seu gatinho esteja manifestando sinais relacionados ao estresse, procure um veterinário o quanto antes para que este possa identificar as causas desse quadro e os possíveis tratamentos recomendados para melhorar a qualidade de vida do animal.
Referências
Parabéns pelo post EJAV, trouxe um tema importantíssimo de forma clara e com soluções para ajudar nós tutores!